Estratégia Tática

Estratégia Tática



No dia em que saiu o novo simulador, eu assisti às escapadas dos atacantes e pensei que essa jogada era um espetáculo de se assistir, uma ótima inovação do simulador. Pois bem, a partir daí, comecei a inventar maneiras de explorar essa jogada. Primeiro criei um time com muita, mas muita velocidade. Em 2009, eu já tinha um time com média de velocidade 9.2, ou seja, na linha jogavam oito jogadores com velocidade 9 e mais dois jogadores com velocidade 10.

O time rendia sim, havia as escapadas, mas eu ainda não me dei por satisfeito, pois não controlava tão bem essa jogada.

Aí um certo dia eu pensei: os jogadores correm 45 minutos, descansam, jogam mais 15 minutos e já começam a arriar. Então, eu pensei, se ao invés de fazer uma substituição aos 60 minutos, eu poderia fazê-la aos 30 minutos, pois, o jogador irá descansar aos 45 e entrará praticamente novo para o segundo tempo.

Pois bem, ainda na seleção aprimoramos essa idéia e vencemos ambas as copas, com muito mérito do nosso sistema de substituições. Embora naquela época a idéia de substituição aos 30 minutos ainda não tinha sido muito aceita pelo técnico, mas a substituição aos 60 minutos foi suficiente, juntamente com as estratégias táticas e, claro, a enganação que tentamos fazer na cabeça dos adversários. Essa enganação foi chamada pelo choveu de “estelionato tático” e será discutido mais adiante.

Essa idéia deu certo, pois encaixou com o sistema de cansaço do simulador. Foi preparado um gráfico para ilustrar essa idéia com uma curva estimada sobre o comportamento do simulador quanto à curva de rendimento do jogador, independentemente de suas habilidades:



O gráfico inicial, em azul, mostra o rendimento de um jogador que começou a partida como titular ao longo do decorrer da partida. Perceba que aos 60 minutos, o seu rendimento começa a cair drasticamente.

Os gráficos em rosa são exatamente a reprodução fiel do gráfico azul, porém deslocado para a direita 30 e 60 minutos.

Os gráficos evidenciam a comparação de rendimento dos jogadores no final do jogo, quando são substituídos aos 30 e aos 60 minutos. Está claro que no final do jogo, a diferença de rendimento entre um jogador que iniciou a partida e um que entrou por substituição é enorme.

Há então, inicialmente, duas opções de substituição, aos 30 minutos e aos 60 minutos. A vantagem da substituição aos 30 minutos com relação a subs aos 60 é que o jogador joga dos 30 aos 60 minutos com rendimento maior, embora a diferença ainda seja pequena neste intervalo. E o custo de perda de rendimento na comparação de subs entre 30 e 60 min, ainda permanece pequeno a partir dos 60.

Em resumo, na substituição aos 30 minutos, você pode escolher que o seu jogador renda menos no final, porém que passe mais tempo em jogo sendo um pouco mais superior. E na substituição aos 60 minutos, é o contrário, o jogador só joga 30 minutos, mas em compensação ele entra na partida com todo o gás.

Agora que se sabe a vantagem que um time leva na substituição, vamos aos setores do campo.

Opção 1: substituição no ataque. A substituição no ataque foi a original, como dito, no intuito de deixar os atacantes livres para disparar ao gol.

Opção 2: substituição no meio. A substituição no meio de campo oferece muita vantagem naquele setor, principalmente se for efetuada sobre o meia central. Além de reduzir a possibilidade de uma expulsão na substituição de um jogador com cartão amarelo, o meia central novo chega antes nas bolas e isso faz com que ele desarme menos e ataque mais. Sendo assim, essa substituição é ótima, mas tem que ser bem executada, pois um jogador parrudo com fôlego demais pode acabar atropelando o ataque do time, mas em compensação, um meia que jogue leve, rápido e com bons passes pode servir os atacantes de bandeja, criando muitas jogadas enquanto estiver em campo, trazendo a vitória fácil, fácil para o seu time.

Opção 3: substituição na defesa. Essa substituição é a que dá menos impacto ao jogo, porém, é muito importante na preservação do placar, principalmente se for utilizada sobre um volante. A substituição de um zagueiro também pode ser útil, principalmente se for utilizada para marcar escapadas de um atacante adversário muito rápido ou então na recuperação de cobranças de tiro de meta do adversário.




Vou aprofundar este assunto, pois é nele que se encontra o fator mais forte para alavancar o rendimento das equipes de todos que estão tendo a paciência de ler os ensinamentos do akaj.

Há uma diferença enorme entre uma estratégia de substituições aos 60 minutos e outra com início aos 30 minutos.

O corriqueiro e que está no arsenal da enorme maioria dos dirigentes consiste nas substituições por cartão amarelo, principalmente do meia central, de zagueiros amarelados e uma ou outra substituição no ataque, na parte final do jogo, mantendo do começo até o momento da troca o melhor atacante jogando e sendo substituído por outro, inferior a ele, mas que terá enorme vantagem física, podendo definir a partida em alguma escapada no fim do jogo.

A estratégia de substituições começando aos 30 minutos é completamente diferente. Ela te permite começar com um atacante inferior em atributos, que tem a função de cansar a defesa e os volantes do adversário, saindo aos 30 minutos, dando lugar ao seu craque atacante, o seu melhor definidor, que jogará durante 60 minutos com vantagem física sobre seus marcadores.

Proponho a todos que leram até aqui que façam o teste em sua própria equipe.

Vá até sua melhor tática e coloque um jogador qualquer no lugar do seu atacante definidor para começar a partida, deixando-o no banco de reservas e programe a substituição para os 30 minutos.

Aqueles que já programam uma substituição ofensiva aos 60 minutos, façam o teste proposto Também. Coloquem o reserva que entraria no jogo aos 60 minutos, para começar a partida e programem a substituição colocando o seu craque que ficou no banco para entrar aos 30 minutos.

Observem os jogos com essa estratégia e descubram que seu atacante craque virou super craque e seu time subiu um degrau em competitividade, pois fará mais gols do que faria antes dessa estratégia, sem nenhum prejuízo na tática geral.

Quando você estiver convencido de que esse ganho de competitividade é real, você já está preparado para entender em que posições na sua tática é possível aplicar a mesma estratégia, aumentando ainda mais a eficiência da sua equipe.

Vai descobrir também que é possível criar outras táticas para aproveitar melhor o super rendimento do seu atacante, tornando-o mais efetivo.

Esse diferencial tático foi fundamental para vencermos duas copas com a nossa seleção, permitiu que akaj e seu irmão fossem número 1 e 2 do mundo. Há muitas equipes no mundo superiores na teoria as deles, mas nenhuma que seja tão superior que pudesse fazer frente a essa estratégia.

Foi fundamental também para minha equipe, que saiu da div 4, passando direto pelas divisões seguintes, ao mesmo tempo que ia se fortalecendo tecnicamente, para alcançar o CB. Passei pela div 4 e div 3 com time jovem, pela div 2 com um time de transição e pela div 1 com um time experiente, já pronto para o CB.

Tudo que vi até agora do novo simulador me faz crer que essa vantagem nas substituições se manterá inalterada.


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